SBCP-MG reúne grupo seleto de cirurgiões para discutir os avanços de procedimentos não cirúrgicos
De acordo com os dados divulgados pela Society For Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS) o Brasil é o segundo país a realizar o maior número de cirurgias estéticas, mais de 2,5 milhões em 2017, e responde por 10,7% do total de cirurgias realizadas no mundo. O levantamento apresentou, também, um aumento de 9% em procedimentos não cirúrgicos. Em consonância com esta realidade, no sábado, 30 de junho, mais de 140 cirurgiões plásticos se reuniram para o Simpósio Mineiro de Cosmiatria, no Centro de Convenções do Hospital Mater Dei, em Belo Horizonte.
O evento realizado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Regional Minas Gerais em parceria com o Centro de Estudos em Cirurgia Plástica do Hospital Mater Dei, recebeu um grupo de renomados profissionais do ramo da Cosmiatria para palestras e debates sobre as inovações de tratamentos complementares no Simpósio Mineiro de Cosmiatria.
A extensa programação do simpósio contou com dez blocos de atividades, entre mesas e conferências sobre temas como toxina botulínica, preechedores, bioestimuladores, laseres e outros. Para o cirurgião plástico de São Paulo, Alieksiei Carrijo, que palestrou sobre os princípios básicos dos Fios de Sustentação, é um grande passo para a cirurgia plástica brasileira abraçar a causa dos procedimentos ancilares. “O evento foi um momento ímpar de reunir grandes profissionais para debater sobre temas que estão muito em voga e as tendências mundiais da cosmiatria”, ressaltou.
A primeira mesa do evento com o tema Conceitos dos procedimentos ancilares abriu o debate sobre envelhecimento e os tratamentos não cirúrgicos disponíveis no mercado. O cirurgião plástico Antonio Carmo Graziosi, de São Paulo, defendeu a incorporação dos procedimentos cosmiátricos na cirurgia plástica, utilizando as técnicas isoladamente ou como complemento das cirurgias. Ele explicou que “são procedimentos que cresceram exponencialmente em todas as estatísticas mundiais e, por isso, é importante incentivar seu ensino e prática que, embora sejam teoricamente mais simples, podem ter complicações sérias. É necessário ter muita seriedade e consciência em relação à parte científica, conhecer como os produtos funcionam e a anatomia dos pacientes para evitar problemas. Por isso eventos como este são muito bem vindos”.
“A cosmiatria agrega um enorme valor para a cirurgia plástica. Temos um potencial de pacientes aplicados ao tema e um evento como este serve como balizador para que possamos refinar o que já fazemos, estabelecendo novos protocolos e trocando experiências com outros profissionais”, defendeu o cirurgião plástico paulista, Ricardo Frota Boggio, responsável pelo tema Preenchedores. Segundo Boggio o evento foi muito oportuno para o momento vivido pela cosmiatria no Brasil e espera que a iniciativa contamine outras regionais. Opinião compartilhada pela cirurgiã plástica Eliza Minami, que falou aos participantes sobre intercorrências em preenchedores cutâneos. Para Eliza os pacientes têm postergado a realização de cirurgias e optado por procedimentos não cirúrgicos, principalmente na face, o que levou ao crescimento da área da cosmiatria. “Muitas vezes conseguimos excelentes resultados sem a cirurgia ou com a associação dos tratamentos cirúrgicos e não cirúrgicos sendo necessário, portanto, munir os cirurgiões de conhecimento técnico para realização destes procedimentos”, considera a cirurgiã.
Na opinião da atual secretária da SBCP-MG, Ian Goedert Duarte, o sucesso do evento se deu, principalmente, por seu elevado nível técnico e a disponibilidade dos convidados em dividir conhecimentos imprescindíveis para a formação complementar dos cirurgiões participantes. “O simpósio foi um evento de alto nível científico com os melhores expoentes da cosmiatria brasileira”, comemorou a representante da SBCP-Regional Minas.